Exposição de abertura da galeria LOGO na Rua Artur de Azevedo


A galeria de arte contemporânea LOGO inicia suas atividades com a exposição coletiva Perturbo, trazendo trabalhos dos artistas Alexandre Cruz (Sesper), Fabio Zimbres e Walter Nomura (Tinho). Três nomes com trajetórias sólidas no underground brasileiro, pioneiros e influentes em cenários como o rock independente, o graffiti/street art e as histórias em quadrinhos experimentais, mas que mantiveram em paralelo produções artísticas distintas, no ateliê, pensadas para existir em espaços expositivos. Junto com a coletiva Pertubo acontece o MCD Lab #3: Fake Sunset, com prints de 10 artistas brasileiros e californianos
As obras dessa coletiva inaugural são influenciadas pelas técnicas de manipulação digital de imagens e pela cultura sonora do sampler, onde composições são feitas através de trechos de músicas pré-existentes. Mas, nesse caso, as expressões se manifestam de forma física, tangível. Não por acaso, os três artistas compartilham a raiz na produção de fanzines: as notórias revistas independentes feitas com as próprias mãos e fotocopiadas que marcaram os anos 80 e 90. Essa é uma das tantas referências contraculturais dessa exposição, que almeja ainda conexões, antes de tudo visuais, com a revolta punk, a arte POP, o humor non-sense e os movimentos neo expressionistas.
Localizada na Rua Artur de Azevedo número 401, a LOGO ocupa o espaço projetado pelo arquitetoFelippe Crescenti para uma das primeiras galerias de arte contemporânea de São Paulo, a Subdistrito. E foi justamente através dessa galeria que Marcelo Secaf, um dos sócios da LOGO, começou colecionar arte, nos anos 80. Com o fim da Subdistrito, em 1992 Raquel Arnaud passa a ocupar o imóvel com seu Gabinete de Arte, onde fez história realizando exposições por quase duas décadas, até se mudar esse ano para a Rua Fidalga. A galeria LOGO ocupa o endereço histórico com uma nova proposta: apresentar e discutir arte que emerge de universos paralelos, de iniciativas independentes e culturas urbanas. Uma visão que considera a produção dos artistas em toda sua amplitude, além dos circuitos das galerias e museus, evidenciando a relevância de suas obras para a sociedade. Assim como proporciona uma plataforma para o contato com a arte através de uma parceria dinâmica com os artistas, num sistema de troca de idéias e experiências.

Perturbo
Abertura 30 de Julho, sábado, das 11h às 21h
Galeria LOGO: Rua Artur de Azevedo, 401, São Paulo.


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